Nada mais agradável e proveitoso como ler a coluna do colega Uchôa de Mendonça. O seu estilo, impiedosamente caracterizado pela sua franqueza, é um alento e reforço moral e ético para as pessoas de bem. E um carrasco para os marginais em todos os sentidos. Dessa forma, com seu consentimento, vamos expor aqui vez outra os seus pensamentos.

Antonino Simões de Campos  

27 de agosto de 2020

Segurança Pública

Não sei dizer até quando essa assustadora criminalidade no Brasil irá durar. O Estado do Espírito Santo, aqui bem próximo, transformou-se, em tempos recente, em refúgio (nem sei se o termo exato seja “refugio” – acho que deva ser ocupação) por parte da quadrilhas dos mais perigosos marginais que aqui se “escondem” sem a mínima cautela, ao contrário, ostentam seus poderes, exercem o temor, impõem suspensão de atividades comerciais e escolares, “despejam” moradores de favelas como se donos fossem do território, que pertence a todos nós.

Mercê do seu poder de escolher equivocadamente seus auxiliares, para não dizer mal ou de forma inconsequente, sem dizer do porquê o governador Renato Casagrande mandou, recente, o seu Secretário de Segurança Pública voltar para onde não deveria ter saído, no Rio de janeiro, convidando o coronel PM Alexandre Ofranti Ramalho para o posto. Não vamos dizer que o novo secretário da Segurança Pública, filho da terra esteja realizando milagres, mas estaria se tivesse sido convidado desde início da administração do sr. Casagrande, metido a sábio…

Esse negócio de “acho” é meio complicado mas, pelo que se vê, a segurança pública do Espírito Santo saiu do estágio lastimável da sua ineficiência para uma tomada de posição vigorosa, persistente, eficaz, muito embora (não sei do porque), à noite, quando o trânsito é mais denso, pesado, na avenida Beira Mar, logo após a chamada Curva do Saldanha, policiais militares atravancam o trânsito, atravessando carros na pista, deixando apenas uma faixa livre, ao invés de três. Raios, será que a Polícia Militar, através de uma de suas patrulhas não está satisfeita com a forma de condução do policiamento ou das determinações do coronel Ramalho? Por que esses grupos de “tranca ruas” não vai ver o que acontece de noite na av. Leitão da Silva, quando bandidos investem contra veículos? Vão patrulhar o trecho da Rodovia do Sol que faz contorno de Guarapari, a partir do trevo de Santa Mônica, exatamente na altura da ponte do rio Una, para ver o que acontece!

É o tal do “acho”, que deveriam todos, não só da PM, mas a sociedade civil, devem merecidos aplausos à forma como se conduz a Polícia Militar, embora esses senões desagradáveis que, certamente, ocorrem á sua revelia, porque, aqui para nós, enfrentar o engarrafamento porque ocorreu um acidente é uma coisa mas, na hora do chamado rusch você, querendo chegar em casa e ser “atropelado” no caminho por uma patrulha da PM, com metralhadora apontada para sua cara, é um negócio lastimável.

É o negócio da falta de educação ou da irresponsabilidade. O sujeito é investido de autoridade, dão-lhe uma farda e uma metralhadora, ele se julga o dono do mundo.

Aplausos, coronel Ramalho.

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Antonino Simões de Campos
Jornalista formado pela Universidade Ceub - Brasilia/DF. Ex-presidente da Adjori/ES - Associação dos Jornais e Revistas do Interior do Estado do Espírito Santo - de 2013 a 2016