32 mil capixabas escolhidos estrategicamente nos municípios farão o teste sorológico. Os resultados coletados servirão para abastecer uma base de dados, que contribuirão no planejamento das ações de combate à covid-19 no estado

Fiquem atentos

A partir da próxima semana, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) vai dar início a uma campanha de testagem em massa no Espírito Santo. Por meio de sorteio, 32 mil capixabas de 27 municípios farão um teste para detecção de anticorpos do novo coronavírus. Trata-se de um teste rápido, como o feito nas farmácias.

Planejamento

A diferença é que os resultados coletados servirão para abastecer uma base de dados, que serão estudados e organizados, de modo a contribuir no planejamento das ações de combate à covid-19. O teste será feito na própria residência e foi definido pelo subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, como uma fotografia da circulação do vírus no estado.

“É o chamado inquérito sorológico. Nós vamos fazer uma fotografia da situação epidemiológica aqui no Espírito Santo. Isso significa que nós vamos percorrer o estado e municípios definidos através de um sorteio dos setores censitários, do sorteio de casas e sorteio de uma pessoa daquela casa. Vamos coletar duas gotas de sangue e fazer um teste rápido para verificar se essa pessoa já entrou ou ainda não entrou em contato com o vírus”, explicou Reblin.

Estatística dos infectados

“Nós vamos testar em 171 setores censitários, em 27 municípios. Ao todo, quase 32 mil capixabas vão participar, a cada 14 dias, da coleta para garantir uma projeção estatística de quantos capixabas já tiveram contato e foram infectados pelo covid”, destacou o secretário de saúde, Nésio Fernandes, durante coletiva de imprensa realizada na última terça-feira (5).

Para a microbiologista Natália Pasternak, a vantagem desse teste, com relação ao das farmácias, é poder gerar uma amostragem que vai permitir saber qual percentual da população já teve contato com o coronavírus.

Qualidade dos testes

“O teste sorológico é muito superior, em qualidade, aos testes rápidos. Eu acho que é uma ótima iniciativa do Governo do Estado. O teste sorológico vai conseguir, medindo uma amostra da sociedade, de vários municípios do Espírito Santo, saber quantas pessoas já desenvolveram anticorpos para a doença. Não é um teste diagnóstico, não vai dizer quem está doente. Vai dizer quem já teve contato com o vírus. Isso dá um bom panorama epidemiológico de como a doença se espalhou e quantas pessoas já foram contaminadas”, ressaltou.

“Ele é muito mais preciso do que os testes rápidos de farmácia. Os testes de farmácia você faz com uma gotinha no dedo, dá o resultado na hora, mas é muito impreciso. Ele dá muito erro”, completou a microbiologista.

Outro tipo de teste

Além da campanha para testagem em massa, o Governo do Estado anunciou que vai fazer outro tipo de teste, o PCR, dentro dos próprios hospitais, com os pacientes graves e também nos casos de óbito pela doença. Já quem tem sintomas da doença, mas não está hospitalizado, será levado para fazer o teste de PCR no Laboratório Central do Estado (Lacen-ES).

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Antonino Simões de Campos
Jornalista formado pela Universidade Ceub - Brasilia/DF. Ex-presidente da Adjori/ES - Associação dos Jornais e Revistas do Interior do Estado do Espírito Santo - de 2013 a 2016

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