Como ex-secretária de Saúde e de Assistência Social ela participou das obras da UPA, da implantação do SAMU 192, Centro de Atendimento à Saúde da Mulher, na construção de quase 200 moradias populares, Centro-Dia da Pessoa com Deficiência do ES, Casa de Passagem e do CRAS de Olaria.

Dado ao excelente trabalho realizado no município na área social, nesta edição vamos entrevistar a pré-candidata à prefeita de Guarapari Maria Helena Netto (PP). Ela é professora concursada da rede municipal e ex-secretária de Saúde e de Assistência Social de Guarapari. Maria Helena tem 54 anos de idade, é mãe de 3 filhos e é formada em Pedagogia pela UNIRIO, com especialização em Gestão Pública.

Hg – Por que a senhora quer ser prefeita de Guarapari?

Maria Helena – Me sinto tecnicamente preparada, com experiência na administração e gestão pública. Conheço as dificuldades e o potencial de Guarapari.

Hg – A senhora foi Secretária de Saúde, de Assistência Social e de Desenvolvimento Econômico de Guarapari, quais aprendizados teve à frente destas pastas?

MH – Gerenciar o SUS e o Sistema de Assistência Social me permitiram ampliar meu conhecimento. Iniciamos as obras da UPA do Ipiranga, além de implantar o SAMU 192 na cidade e o Centro de Atendimento à Saúde da Mulher. Já na Assistência Social, entregamos quase 200 moradias populares, tirando famílias de áreas de risco. Trouxe o primeiro Centro-Dia da Pessoa com Deficiência do ES para Guarapari. Estruturamos toda política de Assistência Social, com construções próprias da Casa de Passagem e do CRAS de Olaria. Todas essas obras e serviços foram com captação de recursos estaduais e federais. Na presidência do Colegiado de Gestores da Assistência Social do ES, tive oportunidade de trazer projetos de sucesso para Guarapari, abrindo portas e fazendo contatos em Brasília.

HG – Quais são os maiores desafios para a melhoria da cidade?

MH – Geração de emprego, acesso digno aos serviços de saúde e elevar a qualidade do nosso turismo. O Governo do Estado desapropriou uma área no Município para implantar aqui um Polo Industrial. Precisamos ser um território atrativo para as indústrias, com leis de incentivos e infraestrutura para o Polo. Por sua vez, a saúde não pode ser tratada com descaso, é necessário estruturar as unidades básicas de saúde, com profissionais bem remunerados, atendimento médico de qualidade, agentes de saúde nos bairros, etc, além de eficiência e agilidade na entrega de exames e medicamentos. O desafio do turismo é tornar Guarapari um balneário respeitado, planejado, organizado, sinalizado e seguro. É necessário melhorar a infraestrutura da cidade, por exemplo a mobilidade urbana, de forma a reativar o turismo de qualidade, com calendário cultural que atraia turistas o ano inteiro.

HG – É fácil para uma mulher fazer política?

MH – Não, é muito difícil! Nós mulheres cuidamos da casa, filhos, família, trabalhamos fora e fazemos política. Esses tantos afazeres e o descrédito que a política possui impedem muitas mulheres de entrar e participar de eleições. Guarapari é um claro e triste retrato disso. Observe que a última prefeita mulher que tivemos em nossa cidade foi há 28 anos atrás, em 1992.

HG – A senhora considera que nas eleições deste ano esse cenário vai mudar?

MH – Com certeza! Inclusive conheço muitas mulheres que participam ativamente do dia-a-dia de suas comunidades, atuando com competência e zelo, prontas para nos representar. Na política tem que haver equilíbrio de representação, inclusive pelo fato de sermos maioria na população. Nós mulheres estamos e ocupamos espaços jamais imaginados para nós, na área de humanas às exatas. Somos zelosas, com olhar mais humano. Vamos combinar: já passou da hora de termos outra mulher prefeita de Guarapari.

HG – Por que o eleitor de Guarapari deve acreditar e confiar em você?

MH – Não vou governar sozinha, esse modelo de gestão unilateral está desgastado e mostra ineficiência. Gestão tem que ser democrática e participativa. A população atuará junto comigo nas tomadas de decisões que a envolve diretamente. Um eleitor consciente deve primeiramente conhecer a história pregressa dos candidatos. A confiança, competência, credibilidade, conhecimento e experiência são fundamentais no currículo do candidato. Por fim, costumo dizer que “não basta gostar de Guarapari, tem que amar”, e eu amo essa cidade!

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Antonino Simões de Campos
Jornalista formado pela Universidade Ceub - Brasilia/DF. Ex-presidente da Adjori/ES - Associação dos Jornais e Revistas do Interior do Estado do Espírito Santo - de 2013 a 2016

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