Da Redação do Hora da Gente

O espírito de patriotismo e civilidade também fazem parte da vida dos vereadores de Guarapari. E a grande demonstração desta virtude brasileira é expressa pelos nossos edis no dia de hoje, dia 15 de novembro, dia da nossa Proclamação da República.

O Hora da Gente parabeniza a todos os vereadores pela iniciativa, e que esta data deve ser sempre exaltada com toda propriedade ao povo de Guarapari, aos jovens, estudantes, e a todos que sentem o sentimento de amor pelo Brasil

Um pouco da nossa história

Em 1889, na cidade do Rio de Janeiro – antiga capital do Império –, aconteceu um dos fatos mais importantes da nossa história. No dia 15 de novembrodaquele ano, o Exército efetivou a Proclamação da República Democrática Brasileira, uma iniciativa que contou com o apoio de grupos de mobilização formados por civis republicanos, que também lutavam contra a Monarquia instalada no país, desde 1822. O resultado desta insurgência foi a expulsão da Família Real  e a instauração da república no Brasil.

Movimento deflagrado após uma longa insatisfação dos militares com o governo monárquico, a luta pela Proclamação da República também ganhou força na sociedade civil ao final da Guerra do Paraguai. E essa insatisfação pública foi crescendo gradualmente, com a contribuição dos partidos republicanos que surgiram no Brasil, naquela ocasião. Atualmente, os historiadores tratam estes acontecimentos como parte de um golpe, por ter sido perpetrado por meio de uma “transição forçada” de regime de governo e de sistema político, sem a efetiva participação popular.

O maior grupo insatisfeito no país, porém, era o Exército Brasileiro. As Forças Armadas consideravam-se pouco reconhecidas depois de terem conduzido todo o esforço da Guerra do Paraguai. Os militares estavam indignados com o valor irrisório de suas remunerações, queriam melhorias no sistema de promoção de carreira e a permissão para opinar suas posições políticas, o que era proibido na época. Isso contribuiu para que o espírito republicano fosse ventilado no seu interior.

No entanto, a insatisfação com a monarquia não era uma exclusividade dos militares. Os cafeicultores paulistas, e a própria Igreja Católica, também estavam insatisfeitos, pois o enfraquecimento do regime monárquico no Brasil estava diretamente relacionado ao avanço da pauta abolicionista. A relação era proporcional e inversa: na mesma medida em que o abolicionismo ganhava força, o monarquismo perdia influência no país, e o movimento republicano se expandia.

Politicamente, os debates foram se acirrando ao longo da década de 1880, tanto na questão da abolição quanto na questão da luta republicana. A situação do Brasil era de crise crônica nos anos de 1880, e a polarização só contribuiu para agravar esse quadro. Com a perda do apoio da Igreja e dos escravocratas, a monarquia ficou sem os grandes grupos que lhe davam governabilidade. Assim, a sua sustentação tornou-se extremamente difícil, uma vez que o movimento republicano estava muito forte no final da década de 1880. Na medida em que o republicanismo avançava, uma nova pauta era ventilada: o federalismo.

Essa pauta inspirava-se no federalismo que existia nos Estados Unidos e defendia maior descentralização do governo. Os partidos republicanos agruparam-se regionalmente e passaram a defender maior autonomia para os estados. Em determinado momento, pensou-se que a monarquia aplicaria uma certa descentralização, mas isso nunca aconteceu. Ainda há de se considerar os impactos da crise mundial do capitalismo, de 1873, que também atingiu o Brasil, embora com reflexos menos severos. Mas a insatisfação com a monarquia em relação à economia, era generalizada no país. Depois da Guerra do Paraguai, a economia brasileira enfraqueceu-se. Afinal, o país gastou bem mais do que poderia para vencer os paraguaios.

Diante desta conjunção de fatores, e depois de todo um doloroso e desgastante processo político, a mudança de regime de governo, no Brasil, foi anunciada pelo Marechal Deodoro da Fonseca, que instaurou a forma republicana presidencialista de governo no Brasil, encerrando assim a monarquia constitucional parlamentarista do Império. 

A proclamação ocorreu na Praça da Aclamação (atual Praça da República), na cidade do Rio de Janeiro, quando um grupo de militares do Exército brasileiro, liderados pelo Marechal Manuel Deodoro da Fonseca, destituiu o imperador e assumiu o poder no país, instituindo um governo provisório republicano que se tornaria a primeira República Brasileira. “Nossa missão era fundar a República. Agora, nosso dever é conservá-la e engrandecê-la”, afirmou o marechal, “Patrono da República”.

Fonte: Câmara de Vereadores de Guarapari/ES

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Antonino Simões de Campos
Jornalista formado pela Universidade Ceub - Brasilia/DF. Ex-presidente da Adjori/ES - Associação dos Jornais e Revistas do Interior do Estado do Espírito Santo - de 2013 a 2016