O município de Itapemirim deu início a um programa de monitoramento da vida de primatas que vivem nas diversas matas que compõem seu território. O objetivo é identificar animais mortos ou doentes e proteger o município da febre amarela, que se espalhou nos primeiros dias do mês em municípios de Minas Gerais e do Espírito Santo, principalmente os que fazem divisa com Minas. Em Itapemirim, macacos podem ser vistos em diversos pontos, principalmente os das espécies prego, bugio e sagui.

A primeira ação foi realizada na manhã da última terça-feira  (24), quando o diretor geral da Vigilância em Saúde, da secretaria de Saúde, Wesley Daré, e o biólogo Willian Moledo, da secretaria de Meio Ambiente, percorreram pontos estratégicos para conversar com moradores e investigar se os primatas continuam aparecendo com regularidade e se algum foi encontrado morto. Foram visitados moradores do Gomes, de Paineiras e um sítio no Penedo, além de adentrarem à mata da região conhecida como Marinha ou Mata do Ouvidor. Os profissionais também visitaram a base da Marinha do Brasil e da Polícia Militar (Paineiras). Nenhuma anormalidade foi constatada no primeiro dia de monitoramento.

“Esse é um trabalho exclusivamente de prevenção. Não esperamos encontrar qualquer indício de que a febre amarela tenha chegado a Itapemirim, mas vamos continuar para garantir que, se ela chegar, sejamos os primeiros a saber e possamos tomar todas as providências para isolá-la. A nossa população não tem com o que se preocupar neste momento”, explica Daré.

O biólogo Willian Moledo alerta que os macacos não transmitem a febre amarela e que eles auxiliam na identificação precoce da doença: “A nossa maior preocupação, neste momento, é de que os macacos sejam caçados e mortos por medo da doença.  A população precisa compreender que eles são tão vítimas da febre amarela quanto nós. Sem contar que o surgimento desses animais mortos foi o que possibilitou identificar o surto da doença”.

No ambiente silvestre, a febre amarela é transmitida pelos mosquitos Haemagogus e Sabethes. Já na zona urbana, o transmissor é o Aedes Aegypti. Não é possível transmitir febre amarela de pessoa para pessoa, nem de macaco para pessoa, os mosquitos são os únicos transmissores.

A próxima ação de monitoramento dos macacos deve ser realizada na próxima quinta-feira, quando os técnicos visitarão moradores de outras regiões do município para orientar sobre como proceder caso encontrem qualquer macaco morto e pesquisar se já há qualquer relato desse acontecimento.Exibindo 20170124_114323.jpg

Fonte: Assessoria de comunicação de Itapemirim

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Antonino Simões de Campos
Jornalista formado pela Universidade Ceub - Brasilia/DF. Ex-presidente da Adjori/ES - Associação dos Jornais e Revistas do Interior do Estado do Espírito Santo - de 2013 a 2016

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