EMPREENDEDORISMO CULTURAL    

Saudações, caros leitores!                                                                                                                    

Reinicio a conversa semanal com o seguinte trecho, extraído do artigo ‘O que é Cultura?’ da professora Daniela Diana no site Toda Matéria: ‘a cultura representa o patrimônio social de um grupo, sendo a soma de padrões dos comportamentos humanos e que envolve: conhecimentos, experiências, atitudes, valores, crenças, religião, língua, hierarquia, relações espaciais, noção de tempo, conceitos de universo.’ 

Se por um lado essa ampla conceituação facilita a escolha dos assuntos que poderei abordar, por outro me coloca diante do desafio desejável, mas perigoso, das confrontações. Desejável porque o confronto de ideias possibilita debates enriquecedores, quando se mantem o respeito mútuo entre os opositores.  Perigoso porque as divergências de opiniões se tornaram tão radicais que a expressão ‘cultura do ódio’ foi acrescentada ao vocabulário contemporâneo.  

Diante do provável surgimento de divergências, quando eu opinar ou empregar palavras que o(s) leitor(es) não concordar(em), desde já proponho utilizarmos a metodologia da Comunicação Não Violenta (CNV), idealizada pelo psicólogo Marshall Rosenerg com o objetivo de aprimorar os relacionamentos interpessoais e diminuir a violência no mundo. Já disponibilizei o meu WhatsApp para todos que desejarem discordar, opinar e sugerir sobre os temas abordados nessa coluna. Antevejo as divergências quando eu opinar ou empregar palavras cujos significados o(s) leitor(es) tiver(em) entendimento(s) diferente(s) do(s) meu(s), por motivos ideológicos ou culturais.  

Exemplifico com um quase quiproquó por motivo cultural, logo que me mudei para o Rio Grande do Sul, onde morei durante oito anos. Acabara de entrar na fila para comprar uns pãezinhos de sal, quando um gaúcho chegou atrás de mim e perguntou se eu estava na bicha para pegar cassetinhos. Só não dei um cacete nele porque um amigo apressou-se em me explicar que, para os gaúchos, bicha significa fila e cassetinhos são os pãezinhos de sal.   

Costumo também contar uma outra situação, provocada por questões de entendimentos diferentes sobre o significado de palavras. Eram dois amigos inseparáveis na infância, na adolescência e na juventude. Só se separaram quando um deles casou-se com uma estrangeira e emigrou-se para a terra natal da esposa onde, por sinal, os habitantes também falavam a língua portuguesa. 

Tempos depois, ocorreu um acidente que deixou o emigrante brasileiro gravemente ferido. Sem pestanejar, o que ficara no Brasil viajou para visitar o amigo acidentado. Entretanto, quando chegou ao destino, recebeu a notícia que deveria trocar a visita ao hospital pela ida ao velório. 

Ao entrar na fila (ou bicha?), formada pelos que queriam ver o corpo, estranhou a presença de um pote de creme ao lado do caixão.  Cada pessoa que estava na sua frente, quando chegava perto do pote, retirava um pouco do creme e passava no defunto.

Intrigado, deduziu ser aquele gesto um costume local de demonstração de apreço para com quem estava prestes a ser sepultado. Assim, diante do caixão, esvaziou o pote para lambuzar fartamente o corpo do melhor amigo. 

Após o sepultamento, aproximou-se da viúva para matar a curiosidade sobre o ritual de passar creme no corpo do defunto.Perguntou se seria um costume daquele país. Ela respondeu que não. Apenas atendera o último desejo do marido. Diante do olhar intrigado, ela acrescentou: ‘o seu último desejo foi ter o corpo cremado.                                                                                                                                                                     José Roberto dos Santos

(31)999.924.326 

Membros recém nomeados para o Conselho Municipal de Cultura de Piúma: 

Representantes da Secretaria Municipal de Cultura: Mesmeris S. Alves e Paula A. dos Santos; 

Representantes dos Segmentos Culturais da Sociedade Civil

Blocos Carnavalescos Morto Vivo: Maria Eterna de A. Teixeira e Jonas F. de Oliveira (suplente); 

Rádio Difusão, Web TVs e Audiovisual: Aristóteles S. Vianna e Di Roger L. Castelar (suplente); 

Movimentos Sociais Organizados e ONGs Culturais: Francisco F. de Souza e Márcio N. Goés (suplente); 

Artesanato e Pesca Artesanal: Olímpia Maria P. Cardoso e Antônio Carlos Laurindo (suplente); 

Música: Izael Gonçalves Medeiros e Waldenir Thiago da Silva (suplente); 

Literatura: Fabiani Rodrigues Taylor e Leonardo Nascimento Bourguignon (suplente); 

Manifestações Folclóricas, Culturais e Teatro: Wandercésar Coelho e Conrado M. Scherrer Rocha (suplente).  

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Antonino Simões de Campos
Jornalista formado pela Universidade Ceub - Brasilia/DF. Ex-presidente da Adjori/ES - Associação dos Jornais e Revistas do Interior do Estado do Espírito Santo - de 2013 a 2016

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