Uma perda para a Barra e para Educação de Marataízes
Publicado em 03 03 2021 às 14h19
Em pleno ano de 2021, quando se comemora o centenário de Paulo Freire (Patrono da Educação Brasileira), grande incentivador e propagador das ideias da Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Brasil, o Município de Marataízes, rema na contramão, fecha a modalidade da EJA – Fundamental 1 e 2 na EMEF – Escola Municipal de Ensino Fundamental – José Marcelino.
Após décadas recuperando o tempo perdido de jovens e adultos, a consagrada escola situada na Barra de Itapemirim, não mais ofertará essa modalidade. A Barra, que possui a maior parte da população maratimba, já havia perdido um posto do correio e agora fica sem poder oportunizar estudos à população de jovens e adultos em idade defasada.
Um grande golpe para educação municipal de Marataízes e para seus munícipes. Visto que para quem quiser estudar na modalidade EJA só restou a Escola Maria da Glória, no centro da cidade. A escola EMEF “José Marcelino” atende a Grande BARRA, formadas por muitos bairros, entre eles, Filemon Tenório, Barra Velha, Areias Negras, Cidade Nova e o Pontal. Ambos os bairros ficarão desassistidos da oferta de estudo para jovens e adultos.
Segundo Carlos Fagner Pereira Pires, professor, Mestrando em Educação – UFES -, “os estudantes da EJA já apresentam dificuldades em concluir seus estudos por conta do trabalho, idade, incentivo e outras questões. Agora além da Pandemia, esses jovens e adultos terão que se locomover quilômetros de distância para obter conhecimento. Mais um obstáculo implantado pela Educação de Marataízes. Fica a pergunta – qual o lucro para nossa cidade em acabar com o sonho de jovens e adultos de ter dias melhores? Qual o lucro para nossa cidade em acabar com a EJA na Grande Barra de Itapemirim?”.
Para o prefeito Tininho Batista falta a sensibilidade de entender a importância da educação como ferramenta da transformação social. “Vivemos tempos sombrios na educação nacional e parece que Marataízes quer seguir pelo mesmo caminho. Educação será sempre investimento, nunca despesa!”, diz o professor Carlos Fagner.