Pouca sabedoria ou muita burrice?

O verão é a única época para os comerciantes das cidades capixabas voltadas para o turismo ganhar dinheiro, principalmente bares, restaurantes, quiosques, Pousadas e Hotéis.

Com a proibição da entrada de clientes sem apresentação do comprovante de vacinação, com certeza toda essa cadeia produtiva será prejudicada. As vendas, com certeza, cairão e muito. E a grande maioria ir à falência, diante desta medida insensata, esdrúxula. Será um verdadeiro massacre deste segmento.  

O carnaval, não resta dúvidas, é a consagração do verão e a maior safra que esses comerciantes têm para equilibrar suas contas ou até pagar seus débitos, se não, na pior das hipóteses, ficar inadimplentes juntos aos seus credores.

No verão, como se sabe, nesses balneários, há um concentração em sua grande maioria de turistas vindos de todas as partes do Brasil, e que vieram despreparados para cumprir essa missão ditatorial do governante do Estado do Espírito Santo, em ter o comprovante de vacinação.

A medida, não resta dúvida, é autoritária e sem precedentes.  

Se a administração pública estadual e as municipais quisessem, que usem do bom senso, na melhor das hipóteses era fazer uma campanha maciça de conscientização nos meios de comunicação locais ou estadual. A higienização e os cuidados necessários.

Sabemos também que a vacina não deixou a população totalmente imune. São exemplos e mais exemplos claros que nos mostram essa dicotomia científica. Então porque exigir o comprovante de vacinação? Na pior da hipótese é uma tremenda burrice. Ou, senão, uma atalho para prejudicar mais uma vez quem quer trabalhar. Ou é pouca sabedoria ou muita burrice

Veja agora o que o governador Renato Casagrande ditou nos meios de comunicação:

A partir desta segunda-feira (14), o Espírito Santo terá 29 cidades classificadas no risco moderado para a covid-19. Os outros 49 municípios capixabas seguirão no risco baixo para a doença.

As informações são da atualização mais recente do Mapa de Risco, divulgada pelo governo do Estado na última sexta-feira (11).

Este domingo (13) é o último dia em que fica em vigor o mapa divulgado na semana anterior, no qual o estado teve 20 cidades no risco moderado e 58 no baixo.

Mesmo com o aumento do número de municípios capixabas migrando do risco baixo para o moderado, nas últimas semanas, os bares e restaurantes das cidades que receberam a classificação amarela não precisam fechar mais cedo, como ocorria antes.

A partir de um acordo assinado entre o governo do Estado e representantes de segmentos econômicos, no final de janeiro, novas regras de enfrentamento à pandemia de covid-19 foram definidas. 

Uma delas foi que a limitação de horários nos estabelecimentos, como bares e restaurantes, chegou ao fim nas cidades de risco moderado.

A restrição foi substituída pela exigência do comprovante de vacinação, que também vale para o risco baixo. 

Antes, o funcionamento de empresas do setor era permitido até às 22h, de segunda a sábado, e até às 16h, no domingo, para o risco moderado.

Com a nova regra, os clientes precisam apresentar um comprovante de que estão imunizados contra o novo coronavírus, para frequentar os estabelecimentos.

Além disso, bares e restaurantes precisam cobrar dos clientes o uso de máscaras e higienização das mãos.

Segundo o governo do Estado, o chamado passaporte vacinal pode ser emitido pelo sistema Vacina e Confia ou pelo Conecte SUS. O esquema vacinal deve estar completo e sem atrasos, seja para primeira, segunda ou terceira doses, dependendo do público.

Saiba o que é permitido em cada classificação de risco

MUNICÍPIOS EM RISCO BAIXO

Comércio

– Funcionamento de todos os estabelecimentos comerciais com medidas qualificadas de 1 cliente por 10 m², obrigatoriedade de uso de máscaras para funcionários e clientes, distanciamento social em filas, sem restrição de horário de funcionamento.

– Galerias e centros comerciais devem funcionar com 50% da ocupação (1 pessoa por 14 m²).

Shoppings

– Shopping centers devem funcionar e proceder à limitação da entrada de clientes na proporção de 1 pessoa por 22 m² da área do shopping, considerando lojas, praças e circulações de uso coletivo, respeitando, ainda, a proporção de 1 cliente por 10m² (dez metros quadrados) no interior de cada loja.

Academias

– Funcionamento das academias conforme regras específicas, com liberação para atendimento de pessoas consideradas de grupo de risco e com liberação de atividades aeróbicas coletivas

Eventos sociais, esportivos, corporativos, shows

Limite de, no máximo, 50% (cinquenta por cento) da capacidade de ocupação do local (fechado ou aberto) e, ainda, se realizados em locais fechados (sem circulação de ar), o limite máximo de 1.200 pessoas.

MUNICÍPIOS EM RISCO MODERADO

Comércio, Bares e Restaurantes

– Funcionamento dos estabelecimentos comerciais sem limite de horário. Entretanto, algumas regras precisam ser seguidas, como a limitação de um cliente por 10m², obrigatoriedade do uso de máscaras para funcionários e clientes, distanciamento social em filas, entre outras;

– Funcionamento de bares, restaurantes, lanchonetes, lojas de conveniência e distribuidoras de bebidas alcoólicas sem limite de horário, mas os clientes deverão apresentar passaporte vacinal.

Academias

– Atividades aeróbicas coletivas liberadas, mas os clientes deverão apresentar passaporte vacinal.

– Limitação do número de alunos por área do estabelecimento conforme Portaria da SESA nº 226-R, Art. 11 §2º.

– Obrigatório o uso de máscaras pelos alunos.

Eventos sociais, esportivos, corporativos, shows

Limite máximo de 50% da capacidade de ocupação do local (fechado ou aberto) e, ainda, o limite máximo de 1.200 pessoas em locais fechados (sem livre circulação de ar) e o limite máximo de 2.000 pessoas em locais abertos (com circulação de ar). É necessário que o público apresente passaporte vacinal para acessar os locais dos eventos.

Confira a classificação de todos os municípios capixabas:

RISCO BAIXO: Alfredo Chaves, Afonso Cláudio, Água Doce do Norte, Águia Branca, Alegre, Alto Rio Novo, Apiacá, Baixo Guandu, Boa Esperança, Bom Jesus do Norte, Brejetuba, Castelo, Conceição da Barra, Conceição do Castelo, Divino de São Lourenço, Domingos Martins, Dores do Rio Preto, Governador Lindenberg, Guaçuí, Ibitirama, Iconha, Irupi, Itaguaçu, Itarana, Jaguaré, Laranja da Terra, Mantenópolis, Marataízes, Marilândia, Mimoso do Sul, Montanha, Mucurici, Muqui, Nova Venécia, Pancas, Ponto Belo, Presidente Kennedy, Rio Bananal, Santa Leopoldina, Santa Maria de Jetibá, Santa Teresa, São Domingos do Norte, São Gabriel da Palha, São Roque do Canaã, Sooretama, Vargem Alta, Venda Nova do Imigrante, Vila Pavão e Vila Valério.

RISCO MODERADO: Anchieta, Aracruz, Atílio Vivácqua, Barra de São Francisco, Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Colatina, Ecoporanga, Fundão, Guarapari, Ibatiba, Ibiraçu, Itapemirim, Iúna, Jerônimo Monteiro, João Neiva, Linhares, Marechal Floriano, Muniz Freire, Pedro Canário, Pinheiros, Piúma, Rio Novo do Sul, São José do Calçado, São Mateus, Serra, Viana, Vila Velha e Vitória.

Fonte: Folha Vitória

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Antonino Simões de Campos
Jornalista formado pela Universidade Ceub - Brasilia/DF. Ex-presidente da Adjori/ES - Associação dos Jornais e Revistas do Interior do Estado do Espírito Santo - de 2013 a 2016