Uma grande festa foi preparada com programação que segue neste final de semana, com novena, missa e quermesse até a próxima terça-feira (dia 15) quando as celebrações começam, a partir das 08h00. O grande momento começa às 16h00, com a procissão até a igreja matriz – que é também a igreja do Santuário – onde será celebrada a Missa. Neste dia, foram preparadas 444 rosas para Nossa Senhora, como uma forma de homenagear e celebrar os 444 anos da devoção à Nossa Senhora da Assunção neste lugar.

Uma data repleta de significados e muitos motivos para comemorar. 15 de agosto é o dia de Nossa Senhora da Assunção, padroeira de Anchieta. Entre as razões para celebrar essa data com entusiasmo estão os marcos que essa data representa para o município, a comunidade local, o Santuário e os peregrinos e devotos. Nas festividades deste ano, o destaque será para os 444 anos do início das obras da igreja e da fundação do aldeamento de Rerigtiba, hoje cidade de Anchieta.

Os marcos do dia 15 de agosto

São José de Anchieta, em 15 de agosto de 1579, Festa da Assunção de Nossa Senhora ao Céu, funda a missão jesuítica no aldeamento de Reritiba. Atual, município de Anchieta, no Espírito Santo. Nesse mesmo dia, tem inicio a construção de uma igreja, a mesma que hoje integra o Santuário Nacional de São José de de Anchieta.

Exatamente 11 anos depois, no dia 15 de agosto de 1590, acontece uma grande festa e a igreja é dedicada a Nossa Senhora da Assunção. Aquela construção torna-se, então, um templo. Nesse dia de festa, chega à Reritiba a imagem de Nossa Senhora, uma grande e notável celebração com marcos históricos, religiosos, sociais e culturais, entre eles, a encenação do Auto da Assunção, escrito por São José de Anchieta.

O Auto da Assunção

O Auto da Assunção segue uma narrativa de encontros, reúne elementos culturais diversos integralmente redigido e encenado em língua Tupi.  Reconhecido por organizar uma gramática em Tupi, São José de Anchieta incluiu a língua indígena em diversas produções artísticas e literárias. “A língua tupi era a língua mais falada na nova terra. Anchieta, ao dotar essa língua de uma gramática descritiva e ao escrever poemas nela, junto com outros em espanhol, português e latim, dá ao tupi o status de língua de cultura”, ressalta Raimundo Carvalho, poeta e professor doutor do departamento de Línguas e Letras da Universidade Federal do Espírito Santo.

“Como o rito de acolhida nas aldeias tupis converge à casa do principal, aqui, também, o Auto da Assunção (1590) converge para a Igreja da missão. A aldeia toda é o palco”, explica o jesuíta Padre Felipe Soriano que dedicou sua dissertação de mestrado ao tema do Auto da Assunção.

O livro sobre o Auto da Assunção e outros escritos de São José de Anchieta, tais como o Poema da Bem-aventurada Virgem Maria Mãe de Deus pode ser adquirido na Loja dos Devotos que fica localizada no Santuário de Anchieta.

SERVIÇO

Festa de Nossa Senhora da Assunção 2023

  • De 06 a 15 de agosto

Novena e Missa – Todos os dias, às 19h

  • Dia 15 de agosto
    08h – Adoração e Laudes
    10h – Missa com as crianças e adolescentes
    16h – Procissão e Missa – Saída do bairro Alvorada com destino ao Santuário

Santuário Nacional de São José de Anchieta – Matriz da Paróquia de Nossa Senhora da Assunção

Artigo anteriorGuarapari│PM recupera veículos roubados e apreende drogas
Próximo artigoDeputado Marcelo Santos homenageia mulheres militares
Antonino Simões de Campos
Jornalista formado pela Universidade Ceub - Brasilia/DF. Ex-presidente da Adjori/ES - Associação dos Jornais e Revistas do Interior do Estado do Espírito Santo - de 2013 a 2016