Depois de um mês de julho repleto de competições esportivas importantes por todo o mundo, me deparei com o pensamento: porque em Guarapari não se vê investimentos em esporte? Há quem diga que não temos uma escola forte quando o assunto é esse, mas eu desmistifico essa história. Vamos listar só alguns dos nossos campeões?

Temos Diogo Jacaré, campeão de surf por várias vezes no Brasileiro e que já participou de várias etapas do mundial. Hoje, o surfista já se aposentou. Vamos para o bodyboard, com Luiz César, que já representou muito bem a cidade no Nacional.

Saindo da água, temos os lutadores. Fernanda Mazzelli, tri-campeã Mundial de Jui-Jitsu. No masculino, temos Pedro Paulo Agrizzi, tetra-campeão Mundial de Jiu-Jitsu. Você ainda acha pouco? Então que tal falarmos de Ana Paula Ribeiro? A ginasta guarapariense conquistou nada mais, nada menos, do que duas medalhas de ouro no Pan de Toronto, no Canáda.

Há ainda uma lista incontável de meninos e meninas que se destacam em seus esportes, mas que com o tempo e com a falta de apoio desistem de insistir no sonho. A s famílias fazem o que podem, mas o poder público e os empresários locais não.

O problema é a falta de verba, sem meias palavras, falta dinheiro. Em conversa com alguns esportistas da cidade, pude perceber o desânimo, mesmo daqueles que tem algum tipo de apoio. Segundo eles, os empresários locais não tem a mente aberta quando o assunto é ajudar com dinheiro. Eles dão R$ 50 e acham que essa quantia vai resolver.

São viagens para competir, roupas apropriadas, alimentação e uma dedicação quase que integral ao esporte. Os lutadores, por exemplo, para ter um bom rendimento precisam treinar cinco horas por dia. Como alguém vai trabalhar e se dedicar tanto? E mesmo que trabalhe como o valor recebido paga as contas e os custos do esporte?

Faltam escolinhas para as crianças e adolescentes que irão se inspirar nos nossos atletas. Falta ajuda de custo, tanto do governo, quanto dos empresários. A história, enfim, pode estar começando a mudar. Um projeto do Executivo que cria o Bolsa Atleta Guarapariense será apresentado na Câmara no dia 06 de agosto.

A gente torce pela aprovação do projeto e por mais consciência dos políticos e dos empresários em geral. Afinal, o melhor caminho para a redução da violência é o investimento em esporte e em cultura. Tomará que Guarapari comece a abrir os olhos para isso.

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Antonino Simões de Campos
Jornalista formado pela Universidade Ceub - Brasilia/DF. Ex-presidente da Adjori/ES - Associação dos Jornais e Revistas do Interior do Estado do Espírito Santo - de 2013 a 2016

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