Empreendedorismo Cultural – A Cultura do medo    

 Saudações, caros leitores!    

A Cultura do Medo ameaçará o sucesso dos empreendimentos que pesquisam a vacina contra o Covid-19, bem como dos governantes ávidos pelos dividendos políticos dessa descoberta?       

Karin Wahl-Jorgensen, pesquisadora do papel das emoções no jornalismo, entende que a ampla cobertura da mídia mundial, desde o começo da pandemia do Covid-19, tem produzido um medo contagioso e generalizado.  

A advogada Paula Argentino considera o medo como uma forma de exteriorização cultural e a “Cultura do Medo” é a exploração sensacionalista do pânico, por diversos meios de comunicação de massa, com objetivos políticos que, entre outras consequências, agiganta o Estado e possibilita uma intervenção em todos os aspectos das liberdades fundamentais dos cidadãos. 

Em 1904, o Rio de Janeiro foi palco de uma das maiores revoltas urbanas ocorridas no país. Ficou conhecida como a Revolta da Vacina, quando milhares de pessoas tomaram as ruas e entraram em violentos conflitos com a polícia. O motivo da revolta foi o descontentamento do povo diante da medida do governo de tornar obrigatória a vacinação contra a varíola. Entre as diversas arbitrariedades para garantir o cumprimento da medida compulsória, o governo estabeleceu que o comprovante da vacinação seria condição obrigatória para matrícula nas escolas, admissão nas empresas, casamento e todas as demais atividades dos moradores do então Distrito Federal.    

Lima Barreto, escritor e jornalista, foi testemunha ‘‘do caos gerado pelos conflitos e pelas prisões arbitrárias, violentas, humilhantes e generalizadas feitas pela polícia” contra os manifestantes.   

Identifico dois pontos em comum entre as motivações que levaram os cidadãos brasileiros às ruas, em protestos contra a obrigatoriedade da vacinação há mais de um século, e os recentes protestos contra a obrigatoriedade de ficar em casa por causa da pandemia atual. 

O primeiro é o autoritarismo, tanto de grupos ligados à área da saúde quanto de determinados governantes, no trato do isolamento social.  

O segundo é o desprezo desses governantes pelas resistências naturais dos seres humanos, quando nos são impostas novas obrigações.   

Allois Schumpeter, o economista que limitou o conceito de empreendedorismo ao campo das realizações novas, ressalta a tendência natural da maioria das pessoas de manter-se no estado habitual (lei da inércia), mesmo que uma inovação resulte em benefícios. Acrescenta que, principalmente numa emergência casual, as pessoas querem um líder ‘‘de peso pessoal e capacidade de impressionar de modo a arrastá-las em sua esteira.’’ 

Acredito que a Cultura do Medo ameaçará o sucesso da vacina contra o Covid-19, bem como os planos dos governantes ávidos por dividendos políticos pós-descoberta da vacina.  

Provavelmente, a tendência da população será aceitar a vacina de uma instituição transparente e rigorosa no seguimento de todas as fases dos protocolos científicos, apoiada por governantes democratas, cônscios de que a liberdade é um dos pilares para uma gestão fundamentada no empreendedorismo. Em outras palavras, uma gestão geradora de trabalho, de renda e de desenvolvimento socioeconômico.     

                                                                                                                                                             José Roberto dos Santos (31) 999.924.326 

Por gentileza, colabore com a minha pesquisa. Use o Whatsapp para enviar-me o número da sua opção:   

  1. Tomarei a vacina contra o Covid-19, independentemente do país de origem;            
  • Tomarei a vacina, mas com restrição ao país de origem; 
  • Não tomarei a vacina.  
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Antonino Simões de Campos
Jornalista formado pela Universidade Ceub - Brasilia/DF. Ex-presidente da Adjori/ES - Associação dos Jornais e Revistas do Interior do Estado do Espírito Santo - de 2013 a 2016

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